Em uma ultra maratona com certeza o mais difícil e o treinamento, quando essa ultra se desenrola por grandes montanhas a missão e ainda mais complexa pois além do volume de treinamento em horas e kms temos que pensar em altimetria, uma semana com um treino bem ajustado trabalhando todos os elementos que compõem uma ultra na montanha e sinal de exaustão.
Até o mês de abril e maio deste ano eu não passava de 90 kms semanais sempre com pouca altimetria mesmo sendo um corredor de montanha não vinha fazendo treinos muito longos e com altimetria elevada, agora com tudo acertado para minha participação no UTMB-OCC mudei um pouco meus treinos porém de forma progressiva, nas ultimas 4 semanas por exemplo rodei uma média de 105 km, com pouco mais de +3000m, o tempo de treino também subiu consideravelmente.
Esta semana que finaliza em 07 de agosto estou desacelerando um pouco para em seguida encarar a semana de maior carga e altimetria para logo em seguida a partir de 15 de agosto entrar em fase de descanso para que no dia 25/08 eu possa estar em condições de tentar fazer uma grande prova.
Quando olho para os meus números de treinamento e olho para alguns números de meus amigos/adversários fico em um primeiro momento meio assustado pois aos meus olhos eu treino muito pouco, por outro lado sei que ainda não finalizei minha segunda temporada de corrida em montanha desta forma penso que meu organismo assim como meu corpo esta se adaptando ainda ao maior estresse, neste momento não tenho condições para fazer muito mais do que venho fazendo.
Olhando para frente e pensando no futuro vou seguir para Chamonix com apenas uma coisa em mente, terminar a prova que tem 53 km e +3500 metros de desnível positivo com um tempo sub 6 horas, se conseguir já será para mim uma enorme vitória.
Por hora posso dizer que esta tudo correndo bem, inclusive recentemente fiz mais uma avaliação na Trifosfato do grande amigo Dr. Gerson Leite e após receber os resultados do meu Mountain Test pudemos contatar que venho que uma evolução progressiva nos últimos meses, pelo menos no laboratório minhas informações fisiológicas apontam para uma possibilidade muito grande de um bom resultado, com os pés no chão sigo treinando para poder fazer com que o que vemos no computador possa muito em breve virar um resultado real.
Para quem estiver se perguntando sobre o 5% da imagem acima isso representa meu atual percentual de gordura, ir para França mais leve pode fazer a diferença.