primeiro
quilômetros já de uma forte subida a impressão que tive era de que
todos queriam garantir uma boa posição ainda no início da prova.
Mesmo sem querer fiz uma largada também forte, fui no bloco inicial
o quanto deu, mas isso não durou muito tempo, pois o perde e ganha
de posições durante os primeiros minutos foi muito grande, até que
me encaixei em um pelotão intermediário, antes que eu pudesse
controlar o ritmo e entrar na minha prova. Vieram fortes descidas com
muitas pedras, eram tantas que com certeza posso dizer que foi a
prova mais técnica que disputei até hoje, outro fator complicador,
para este primeiro trecho, foi que além de termos muitas pedras nas
descidas elas eram extremamente íngremes, isso me tirou da prova,
antes do km 10 eu já estava com uma ferida no pé direito causada
por uma bolha que se formou e estourou imediatamente, causando assim
um dor horrível principalmente nos trechos de descida, fui brigando
com as dores até o km 20, mas como estava muito difícil correr eu
parei usei um esparadrapo que levei na mochila, mas o mesmo foi
insuficiente para resolver o problema, corri mais um pouco até
chegar ao primeiro ponto de apoio, onde teríamos um suporte do nosso
staff isso já no km 24, parei fiz um curativo um pouco melhor e
segui na prova; a idéia era tentar recuperar parte das várias
posições perdidas na primeira metade da disputa.
Tudo ia muito bem, consegui muitas ultrapassagens até que o curativo que havia feito começou a se soltar, as dores voltaram e comecei também a me sentir fraco, pois nos km percorridos eu fiz muita força tentado me posicionar melhor, neste momento percebi que a minha estratégia teria que mudar, comecei a pensar apenas em terminar a prova pensando na disputa por nações, no km 40 tivemos o segundo ponto de apoio onde teríamos mais um staff, parei com calma, melhorei o curativo e fui em frente, na minha cabeça eu só queria mesmo era terminar... Cruzei a linha de chegada na 78º colocação resultado bem diferente do que eu havia planejado, sei que ganhar ou mesmo ir ao pódio em um mundial, na categoria elite sempre será muito difícil! A minha colocação não foi boa, mas o que mais me chateou não foi a colocação, e sim não ter conseguido colocar em prática tudo que foi desenvolvido na minha preparação, no geral as oportunidades de participar de grandes eventos internacionais, para medir forças com os melhores do mundo são poucas, desta forma nosso desejo, meu desejo sempre será de fazer uma prova perfeita, mesmo sabendo que isso não acontece sempre.
A notícia positiva foi que o Brasil melhorou sua colocação no ranking de nações do naipe masculino, se em 2016 fomos a 13ª nação, neste ano terminamos na 10º colocação, sendo a primeira nação da América Latina, no feminino o Brasil terminou na 15ª colocação neste ano sendo que em 2016 nós não tivemos atletas suficiente para pontuar.
Aproveito a oportunidade para agradecer todos que torceram e torcem por mim e para seleção brasileira, nossos esforços foram grandes em busca de uma melhor colocação para nosso país. Minha próxima disputa será dia 01/07 quando disputarei o Iron Runner em Brumadinho Minas Gerais, esta prova acontecerá dentro do Parque Inhotim e terá uma distância de 20 km, em 2016 fui o campeão geral, espero novamente estar no pódio entre os primeiros colocados, após o Iron Runner focarei minha preparação para voltar a Europa, desta vez a meta será um segundo pódio na Ultra Trail du Mont Blanc onde irei novamente disputar a prova de 55 km.
Desfile das nações
Largada
Momentos
Começo da longa viagem até a Itália
Trote maroto em Poppi/ITA
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